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CIDADES: Operação realiza prisões em Unaí, Formosa, DF, BH e outras cidades mineiras por sonegar impostos

Onze pessoas foram presas no esquema que movimentou mais de R$ 1 bilhão por ano em notas fiscais frias; ao todo são 22 mandados de prisão e 46 mandados de busca e apreensão.


 (Foto: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação)
Pelo menos seis pessoas foram presas nesta terça-feira (27) em Unaí, no Noroeste de Minas Gerais em uma operação da Receita Federal acusadas de sonegação de impostos na comercialização de grãos, que soma R$ 250 milhões. A informação é do Jornal Estado de Minas.

Outras três pessoas foram presas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O balanço é parcial e estão sendo cumpridos 22 mandados expedidos pela Justiça contra envolvidos na  Operação Ceres -  referência à deusa romana das plantas que brotam (particularmente dos grãos) ou deusa dos cereais. Ao todo, onze pessoas foram presas.

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Ainda conforme a publicação, os nomes dos presos não foram divulgados. Um empresário preso em Unaí chegou a jogar um notebook na piscina,  receoso do mandado  de busca e apreensão expedido pela Justiça. O equipamento foi recuperado pela polícia e apreendido.

Segundo o Ministério Público, o esquema criminoso movimentou mais de R$ 1 bilhão por ano em notas fiscais frias. Os mandados são cumpridos também em Brasília (DF), Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal na capital do estado, Belo Horizonte, Paracatu, Guarda-Mor e São Paulo (SP). segundo informações do G1

Empresário jogou notebook na piscina ao ser preso em Unaí (Foto: Receita Federal/Divulgação)

Ainda segundo o G1, as investigações apontaram a existência de uma organização criminosa que incluía produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários beneficiados pelo esquema.

A operação é realizada em uma força-tarefa do Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda, Polícias Civil e Militar, em conjunto com a Receita Federal.

As chamadas “empresas notariais” emitiram milhares de documentos fiscais falsos, com a indicação indevida do nome de terceiros para ocultar a real identidade dos produtores rurais. Dessa forma, os verdadeiros produtores conseguiam vender a produção de grãos sem serem identificados. Isso permitiu ocultar da fiscalização estadual e federal o lucro obtido nas vendas para a indústria nacional,  intermediadas pelas empresas de fachada.

Além da sonegação do Imposto de Renda (IR), do PIS/Cofins e do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) devidos à União, o esquema criminoso causou um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 250 milhões, pelo não pagamento do ICMS incidente nas operações.

Esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão em notas frias (Foto: Receita Federal/Divulgação)

Em virtude dos valores sonegados ao Estado, o Ministério Público, por meio da Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária do Triângulo Mineiro, solicitou o sequestro de bens de vários investigados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

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