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CABECEIRAS: Durante solenidade de posse da mesa diretora da câmara, Tuta anuncia cancelamento do réveillon

"Eu tive hoje que tomar uma dura decisão. Porque o governo ontem deixou de repassar, trezentos e sessenta e quatro mil reais", disse prefeito Tuta
Prefeito havia confirmado na quinta-feira (27), mas que só iria divulgar a programação oficial na sexta.

(Foto: Reprodução)

O prefeito Everton Francisco de Matos "Tuta" (PDT) aproveitou a solenidade de posse da mesa diretora da câmara de vereadores --gestão 2019-- para fazer um breve balanço do seu governo, das conquistas durante o ano, do compromisso de estar fechando o ano pagando todos os servidores e fornecedores, mas também anunciou que não irá mais realizar o Réveillon (virada de 2018 para 2019).

Prefeito Tuta (Foto: Arquivo / Interativa87)
Tuta havia informado ao Interativa87 na quinta-feira (27) que a festa iria acontecer, porém, só divulgaria oficialmente a festa da virada no dia seguinte --sexta-feira-- pois a sua equipe estava reunida para traçar a programação. O dia chegou, a expectativa aumentou e só na noite deste sábado (29) durante a solenidade é que o prefeito voltou atrás e lamentou não poder fazer a festa por falta de dinheiro.

"Eu tive hoje que tomar uma dura decisão. Porque o governo ontem deixou de repassar, trezentos e sessenta e quatro mil reais. Ele (governo de Goiás) está deixando de cumprir o compromisso com o transporte escolar. E nós tínhamos na nossa programação para fechar com chave de ouro a festa de réveillon, porque o nosso povo gosta, o nosso povo merece essa festa... os nossos comerciantes merecem, mas tive que tomar essa dura decisão", disse o prefeito Tuta na solenidade de posse da mesa diretora na câmara municipal que ficou com o espaço todo ocupado por amigos e parentes dos vereadores, além dos ex-prefeitos Nadir de Paiva e Antônio Cardoso

Solenidade de posse da mesa diretora para 2019 (Foto: Byn Wanderson / Interativa87)


"Nós temos cumprido com todos os prestadores de serviços e o estado deixou de cumprir com o transporte escolar e nós vamos cancelar o réveillon pra pagar na segunda-feira, todos os prestadores de serviço que o estado deixou de pagar" frisou o prefeito

Tuta ainda detalhou em valores o que deveria ter sido repassado para prefeitura.

"O governador (José Eliton) deixou de repassar para o município, cento e quarenta e quatro mil reais pra saúde e cento e sessenta e oito mil para o transporte escolar. E deixou de repassar também o FEX ( Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações) no valor de cinquenta e quatro mil, num total de trezentos e sessenta e seis mil reais. Era o que nós iríamos virar o ano --com crise--, mas estaria em caixa e realizando o réveillon", concluiu o prefeito Tuta

Ouça abaixo o anuncio do prefeito sobre o cancelamento do réveillon


Ouça baixo o prefeito Tuta com o balanço de 2018 do governo municipal


Prefeitos x Estado de Goiás

Na sexta-feira (28) a Federação Goiana dos Municípios (FGM) foi à Justiça para cobrar a contrapartida do Estado para os programas Assistência Farmacêutica e Saúde da Família, além de repasses para o transporte escolar.

Segundo o jornal O Popular,  os dois mandados de segurança são assinados por 45 municípios e pedem o bloqueio das contas estaduais nos valores de R$ 7,2 milhões e R$ 8,1 milhões, respectivamente. Eles são referentes apenas às cidades cujos prefeitos assinaram procurações para a federação. No entanto, a entidade também protocolou representação junto ao Ministério Público para solicitar providências em relação à dívida total do Estado com os 246 municípios, incluindo bloqueio de recursos.

Ainda segundo O Popular, com informações do documento, são R$ 145 milhões da saúde, referentes às 12 parcelas de 2018, e outros R$ 47,5 milhões do transporte.

“Tivemos várias reuniões para tentar resolver a situação. Se não tiver o bloqueio, os prefeitos não conseguem fechar as contas”, argumenta o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), que preside a FGM.

O jornal procurou o governador José Eliton e o questionou sobre a ação movida pelos prefeitos e ele disse apenas que, em caso de judicialização, “cabe à Justiça decidir sobre esse assunto”.

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