(Foto: Divulgação)
O impasse continua, Governo de Goiás cede um pouco e o Sindicato e servidores não aceitam a contraproposta apresentada em reunião no início da noite desta quarta-feira (23) no Fórum em Defesa dos Servidores Públicos, na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz).Forma 2 horas de discussão que terminou sem acordo. Para quitar a folha salarial de dezembro, foi proposto pelo governo estadual, redução no escalonamento que antes era de seis meses, passando para cinco. Com isso, 60% da folha de dezembro seria paga entre março e abril. O restante, seria quitado até julho. Porém, o Fórum de Defesa dos Servidores Públicos não concorda com essa divisão.
“O governo fez uma contraproposta desse escalonamento, de seis para cinco meses, o que geraria uma quitação já nos dois primeiros meses de 60% da folha”, disse o Secretário de Governo Ernesto Roller.
Apenas sete órgãos tiveram os salários de dezembro pagos. A proposta é quitar entre março e julho os vencimentos dos 156.206 funcionários públicos que ainda não receberam.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindipúblico), Nylo Sérgio, disse que essa proposta não agradou os sindicatos e que o ICMS daria para quitar a folha. Para Nylo, essa situação é apenas política de pagar apenas janeiro.
“Sabemos que o ICMS, que é a grande fatia do bolo da arrecadação, entra todo dia 10. Deve ter por volta de R$ 1 bilhão ingressado no caixa do estado no dia 10. E houve apenas uma decisão política de pagar janeiro, e não dezembro”, disse Nylo Sérgio.
A reunião foi conduzida pelo secretário Ernesto Roller, ao lado do superintendente executivo da Sefaz, Sílvio da Luz, e da procuradora-geral do Estado, Juliana Diniz.
Para obrigar o governo a quita os salários de dezembro, que a administração estadual acusa a gestão anterior -- José Eliton-- de não ter empenhado os recursos para todo o funcionalismo público, os sindicatos estão recorrendo à Justiça para tentar garantir o pagamento dos servidores.
Segundo o G1 Goiás, já foram concedidas seis liminares determinando a quitação dos vencimentos de algumas categorias.
Ainda não há uma previsão de nova reunião para tentar um novo acordo.
Segundo o Diário da Manhã, dados da Sefaz indicam que a previsão para 2019 é de um déficit de 6,19 bilhões de reais nas contas públicas. O governo tem adotado medidas para equilibrar as contas, como a redução dos incentivos fiscais para o setor produtivo, o corte de despesas de manutenção e a demissão de servidores comissionados.
Esses ajustes, teriam contribuído para que os salários de janeiro começassem a ser pagos no último dia 21, portanto, dentro do mês trabalhado.
0 Comentários